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R7 Brasília

‘Careca do INSS’: PF apreende carros avaliados em mais de meio milhão em Brasília

Empresário é apontado como figura central em esquema de fraude no órgão que causou prejuízo de R$ 6,3 bilhões

Brasília|Iasmim Albuquerque*, do R7, em Brasília

Carros estavam em garagem de prédio comercial R7 - 14/05/2025

A Polícia Federal apreendeu, nesta terça-feira (20), 7 veículos de luxo supostamente ligados a Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, em Brasília.

O empresário é apontado como o principal operador financeiro do esquema de fraudes que causou um prejuízo de R$ 6,3 bilhões a milhares de aposentados e pensionistas.

Segundo documento obtido pelo R7, os veículos apreendidos tem valor médio superior a mais de meio milhão de reais.

A denúncia foi feita pela senadora Damares (Republicanos), que possui um gabinete no mesmo prédio. Dias antes da operação, o R7 esteve no local e fez fotos exclusivas dos veículos apreendidos.


Leia mais

Antunes atuava como lobista intermediário financeiro entre entidades associativas e o INSS. De acordo com a PF, ele é sócio de 22 empresas, sendo que uma delas era mediadora de negociações e movimentos de recursos financeiros.

As investigações ainda apontam que Antunes utilizou uma empresa registrada nas Ilhas Virgens Britânicas — consideradas paraíso fiscal — para adquirir quatro imóveis em São Paulo e Brasília.


Além disso, o lobista teria alterado as declarações de renda mensal, que aram de pouco mais de R$ 24 mil para até R$ 35 mil.

No entanto, segundo os investigadores, essas movimentações financeiras de Antunes são superiores aos valores oficialmente declarados, somando milhões de reais em créditos e débitos.


Entenda a operação

A operação da PF e da CGU foi deflagrada em abril e cumpriu 211 mandados judiciais, incluindo ordens de busca e apreensão, sequestro de bens, avaliados em mais de R$ 1 bilhão, e seis mandados de prisão temporária.

As investigações apuram um esquema nacional de cobranças indevidas em benefícios do INSS.

Conforme as apurações, aposentados e pensionistas foram alvo de descontos não autorizados de mensalidades associativas, aplicados diretamente sobre os valores de aposentadorias e pensões.

O prejuízo estimado chega a R$ 6,3 bilhões, acumulados entre os anos de 2019 e 2024. Ao menos 11 entidades são suspeitas.

Como eram as entidades

Conforme a Polícia Federal, algumas das entidades e associações envolvidas no esquema não possuíam qualquer estrutura para oferecer os serviços contratados. Além disso, foram identificadas inconsistências nos cargos de presidência.

Em um dos casos analisados, em maio de 2021, a instituição era presidida por uma idosa de 81 anos.

Em outro caso, a presidência era ocupada por uma mulher de 86 anos, pensionista do serviço público federal. Além disso, ela está inscrita no CadÚnico (Cadastro Único) — sistema do governo federal responsável pelo registro de famílias beneficiárias de programas sociais — com uma renda per capita de R$ 1.320.

Sob supervisão de Leonardo Meireles

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