:root { --editorial-color: #556373; } body { writing-mode: horizontal-tb; font-family: var(--font-family-primary, sans-serif), sans-serif; }
Logo R7.com
Logo do PlayPlus

Ondas rebeldes: saiba o que são essas ‘paredes de água’ que desafiam os oceanos

Esse tipo de fenômeno causa fascínio e medo por ser imprevisível e ter um tamanho avassalador

Internacional|Do R7

Embora não tenha sido a mais alta, a onda em questão foi a mais extrema em relação ao padrão do mar
As chamadas ondas rebeldes têm o dobro ou mais da altura das ondas ao redor Kanenori por Pixabay

Há séculos, ondas gigantes - também conhecidas como ondas rebeldes ou ondas mortais - fazem parte do folclore marítimo. No entanto, apenas recentemente elas ganharam reconhecimento científico como fenômenos reais, que despertam fascínio e temor por sua imprevisibilidade e tamanho impressionante.

Essas ondas são classificadas como “ondas extremas de tempestade” pelos cientistas e se destacam por terem o dobro ou mais da altura das ondas ao redor. Elas costumam surgir de forma repentina, muitas vezes em direções diferentes daquelas do vento e das ondas predominantes. Relatos comuns descrevem essas ondas como verdadeiras “paredes de água”, com lados íngremes e vales profundos entre elas. Essa aparência assustadora ajuda a explicar porque sempre povoaram lendas de marinheiros e histórias de desaparecimentos no mar.

LEIA MAIS:

Um exemplo foi registrado em novembro de 2020, quando uma onda de 17,6 metros foi registrada por uma boia próxima à cidade de Ucluelet, na Ilha de Vancouver, no Canadá. Hoje, essa é a onda mais extrema já documentada. Eventos como esse são considerados raríssimos. Estimativas apontam que uma onda rebelde dessa magnitude ocorre apenas uma vez a cada 1.300 anos.


Apenas em 1995, uma onda desse tipo foi registrada com comprovação científica: a chamada Onda de Draupner, de 25,6 metros, atingiu uma plataforma de petróleo no Mar do Norte, dando início ao estudo moderno desses eventos extremos.


Apesar da crescente aceitação científica, ainda é raro encontrar medições e análises detalhadas sobre o fenômeno, já que essas ondas são incomuns e difíceis de prever. Os pesquisadores continuam investigando como e quando elas se formam.


Uma das causas mais conhecidas é a interferência construtiva. Ondulações que viajam por diferentes rotas e velocidades podem se encontrar em alto-mar, fazendo com que os picos e vales se alinhem e se reforcem, criando ondas excepcionalmente altas que surgem e desaparecem rapidamente. Se essas ondulações estiverem se movendo na mesma direção, a onda resultante pode manter-se por vários minutos antes de perder força. Esse processo natural mostra como o oceano pode se tornar, de repente, um cenário de caos extremo.

Outra explicação envolve a concentração de energia das ondas. Quando ondas geradas por tempestades encontram correntes marítimas que seguem em sentido contrário, a frequência das ondas pode se reduzir, permitindo que se unam e formem ondas maiores e mais duradouras.

Essas ondas são mais comuns em regiões com fortes correntes oceânicas, como a Corrente do Golfo e a Corrente de Agulhas. Apesar dos avanços científicos, as ondas rebeldes continuam sendo um dos fenômenos mais misteriosos e perigosos do oceano.

Ondas gigantes podem representar sérios riscos a embarcações, plataformas de petróleo e parques eólicos, além de comunidades costeiras, segundo o estudo publicado na revista Nature. Embora a onda de Ucluelet não tenha causado danos, há registros de ondas semelhantes que resultaram no desaparecimento de navios e vítimas fatais. Com as mudanças climáticas, cientistas alertam que episódios como esse podem se tornar mais frequentes.

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.