Ao STF, Mourão diz conhecer Cid desde criança e afirma que militar é ‘absolutamente’ leal
Mourão prestou depoimento como testemunha de defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro na ação sobre 8 de Janeiro
Brasília|Giovana Cardoso e Giovanna Inoue, do R7, em Brasília

Em depoimento ao STF (Supremo Tribunal Federal), o senador pelo Rio Grande do Sul Hamilton Mourão (Republicanos) disse conhecer o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid, desde criança. Mourão disse que o militar é “absolutamente” leal.
“Sempre ele se comportou da forma como nós aprendemos dentro do Exército brasileiro. Até pela linhagem que carrega. Então, sempre muito respeitoso, tratando a todos de forma respeitosa, independente da função que ele tinha, do o que ele tinha ao Presidente da República”, disse.
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Mourão prestou depoimento como testemunha de defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro na ação que julga o chamado núcleo 1 de réus por tentativa de golpe de Estado. Além de Bolsonaro, Mourão também foi indicado como testemunha do ex-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) general Augusto Heleno, do ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira e do general Walter Braga Netto.
“Praticamente todos os quatro anos tivemos contato de tudo, ele pela função de ajudante de ordens do presidente da República, o oficial da arma de artilharia, o pai dele, meu amigo de longa data, o avô dele foi meu comandante quando eu era cadete, então existe toda uma história entre a minha pessoa, a família do Mauricio, e eu o via, não é? Ele é praticamente um ano mais novo que o meu filho, vi mais um filho que é daquelas, os filhos que a gente tem na vida militar”, disse o senador ao ser questionado se conhecia Mauro Cid.
Mourão, que não foi citado diretamente nas investigações da Polícia Federal, é um dos principais críticos do caso ligado a Bolsonaro. Em novembro do ano ado, quando o ex-presidente foi indiciado pela Polícia Federal, o senador chamou o caso de “fanfarronada” e criticou o fato de o ministro do STF Alexandre de Moraes estar à frente do inquérito.
Minuta do golpe
Ainda no depoimento, Mourão negou ter participado de qualquer reunião para discutir um estado de exceção ou para apresentar uma minuta de golpe.
“Não participei de nenhuma reunião em que foi abordado esse assunto [minuta de golpe]”, disse. Questionado pelo advogado do general Augusto Heleno, Mourão também afirmou que o militar, com quem tem “amizade há mais de 40 anos”, “em nenhum momento conversou ou enviou algum documento sobre estado de exceção” (leia mais aqui).
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