Após cirurgia, Bolsonaro tem ‘boa evolução’ e consegue caminhar pelo quarto, diz boletim
Ex-presidente precisou ser submetido a cirurgia após ar mal durante uma agenda no Rio Grande do Norte
Brasília|Do R7

Após ar por um procedimento cirúrgico neste domingo (13), médicos do ex-presidente Jair Bolsonaro afirmaram que ele está com uma “boa evolução clínica”, sem sangramentos, dores ou outras intercorrências. Segundo o boletim médico emitido pelo Hospital DF Star, durante o dia, Bolsonaro chegou a sentar e caminhar pelo quarto. Entretanto, ainda não há previsão de alta.
O procedimento, que durou 12 horas, foi realizado “sem intercorrências e sem necessidade de transfusão de sangue”. O ex-presidente precisou ser submetido a cirurgia após ar mal durante uma agenda no Rio Grande do Norte, na sexta-feira (11), quando sentiu dores e distensão abdominal. De acordo com os médicos, a operação foi necessária devido a uma obstrução intestinal.
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“A obstrução intestinal era resultante de uma dobra do intestino delgado que dificultava o trânsito intestinal e que foi desfeita durante o procedimento de liberação das aderências”, diz o documento divulgado no sábado (12).
O ex-chefe do Executivo foi levado, em um primeiro momento, até um hospital em Natal (RN), onde recebeu os atendimentos iniciais. Após o quadro se estabilizar, Bolsonaro foi transferido para Brasília, onde ou pela cirurgia.
O problema no intestino de Bolsonaro é consequência do ataque que ele sofreu em 2018, quando foi esfaqueado na barriga. Esta é sétima cirurgia que Bolsonaro precisa ser submetido desde o incidente.
Cirurgia
O procedimento foi feito pelo médico Cláudio Birolini, chefe da equipe cirúrgica. Ele explica que os profissionais precisaram de cerca de duas horas para conseguir ar a cavidade abdominal de Bolsonaro, e outras quatro horas para fazer a liberação das aderências. “É importante saber que não está escrito nos livros o que a equipe deve fazer. Assim, nós tomamos a decisão com base no que foi achado. Nós fizemos o ‘arroz com feijão’ e o resultado foi satisfatório”, afirmou.
Segundo Birolini, as aderências se formam quando as alças abdominais ficam agrupadas, e não soltas como acontece com quem nunca teve que ar uma intervenção cirúrgica no local. Ou seja, todo paciente que a por cirurgia abdominal tem essas aderências, que podem ser assintomáticas ou virar um quadro mais sério.
Ainda segundo os médicos, Bolsonaro continua se alimentando por via venosa e, até o momento, não há previsão para que a alimentação oral seja retomada. “Não esperamos uma evolução rápida, porque o intestino precisa descansar e desinflamar para podermos retomar a alimentação oral”, pontuou Birolini.
Boletim médico
“O Hospital DF Star informa que o ex-Presidente Jair Bolsonaro encontra-se internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), em acompanhamento pós-operatório de cirurgia de lise de extensas bridas e reconstrução de parede abdominal. Apresenta-se com boa evolução clínica, mantendo-se acordado, orientado, sem dor, sangramentos ou outras intercorrências. No decorrer do dia, sentou-se no leito e iniciou deambulação assistida, sem previsão de alta da unidade de terapia intensiva”, informa o boletim atual.
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