Moraes mantém depoimento de comandante da Marinha em caso que apura tentativa de golpe
Marcos Sampaio Olsen pediu ao ministro para não depor em favor de ex-comandante da Marinha, mas Moraes negou solicitação
Brasília|Do R7

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes negou nesta quinta-feira (22) um pedido feito pelo comandante da Marinha, Marcos Sampaio Olsen, para dispensar o depoimento dele na ação penal da tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
Olsen foi escolhido como testemunha de defesa do ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos, um dos réus que responde à ação no STF. Ao negar o pedido, Moraes manteve o depoimento de Olsen para esta sexta-feira (23).
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O comandante da Marinha tinha alegado ao Supremo que “desconhece os fatos objeto de apreciação na presente ação penal“. Garnier, contudo, defendeu a manutenção do depoimento de Olsen por entender que o interrogatório dele será relevante para o caso.
Mensagens obtidas pela Polícia Federal na investigação sobre a tentativa de golpe de Estado mostraram que Garnier teria afirmado que tinha tanques da Marinha prontos para iniciar o golpe após a eleição de 2022.
Após a divulgação dessa informação, a Marinha emitiu um comunicado, em novembro de 2024, para negar qualquer iniciativa a favor de um golpe de Estado.
À época, a força disse que “em nenhum momento houve ordem, planejamento ou mobilização de veículos blindados para a execução de ações que tentassem abolir o Estado Democrático de Direito”.
Segundo os advogados de Garnier, o depoimento de Olsen ao STF é fundamental para que ele explique sobre esse comunicado da Marinha e possa “esclarecer pontos essenciais à defesa do réu”.
Garnier responde por cinco crimes perante o Supremo: organização criminosa armada, golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, dano qualificado ao patrimônio público e deterioração de patrimônio tombado.
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