Operador do PCC chega a Brasília após ser entregue à PF por autoridades bolivianas
Marcos de Almeida chegou ao Brasil pelo Mato Grosso do Sul; Tuta, como é conhecido, foi preso ao tentar renovar documento falso
Brasília|Natália Martins, da RECORD, e Ana Isabel Mansur, do R7 em Brasília
O operador do PCC Marcos Roberto de Almeida, preso na sexta-feira (16) em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, e expulso pela Justiça do país vizinho, chegou a Brasília na tarde deste domingo (18).
Tuta, como é conhecido, foi entregue por agentes da Fuerza Especial de Lucha Contra el Crimen da Bolívia à PF (Polícia Federal), após audiência judicial.
O criminoso foi levado a Corumbá (MS), que faz fronteira com a Bolívia. De lá, ele foi transferido, em um avião da PF, para o Distrito Federal, onde vai cumprir pena e ficar à disposição da Justiça na Penitenciária Federal de Brasília.
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Tuta pousou em Brasília por volta das 15h30. Após a chegada, ou por exame de corpo delito, feito pela Polícia Civil, no aeroporto. De lá, foi encaminhado para a prisão de segurança máxima da capital federal.
Na penitenciária, Tuta vai ficar, por 20 dias, em uma espécie de regime de recepção, numa sala com entrada de luz solar pelo teto, para se acostumar aos procedimentos internos.
Nesse período, as autoridades registram parte da rotina do criminoso, como remédios, atendimento médico e visitas de familiares e advogados.
Depois desses 20 dias, Tuta será levado a uma cela comum, onde poderá tomar banho de sol com outros detidos.
Quem é o criminoso
Foragido desde 2020, Tuta estava na lista de Difusão Vermelha da Interpol e foi preso por autoridades bolivianas ao tentar renovar uma identidade falsa no país.
O criminoso é operador financeiro do PCC e braço direito de Marcola. Ele é apontado pelo MP-SP (Ministério Público de São Paulo) como operador financeiro da facção e já foi condenado a 12 anos e meio de prisão por tráfico, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Tuta teria movimentado mais de R$ 1 bilhão do crime.
O criminoso ficou conhecido nacionalmente quando uma mensagem dele a um comparsa foi interceptada pela Polícia Federal. Na mensagem, Tuta afirma que escapou da polícia “salvo pela R”. Investigadores apontaram que ele teria reado R$ 5 milhões em propina para policiais da Rota.
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