Empresários industriais voltam a ficar pessimistas pela primeira vez em 20 meses, diz CNI
Com a queda, o índice ou de um estado de neutralidade, em dezembro, para um estado de falta de confiança, em janeiro
Economia|Do R7

A confiança dos empresários da indústria caiu 1 ponto em janeiro, recuando de 50,1 para 49,1 pontos, mostra a pesquisa da CNI (Confederação Nacional da Indústria), divulgada nesta quinta-feira (16). Com a queda, o índice ou de um estado de neutralidade, em dezembro, para um estado de falta de confiança, em janeiro. A última vez que os industriais estiveram pessimistas foi em maio de 2023, há 20 meses, informou a confederação.
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O ICEI (Índice de Confiança do Empresário Industrial) é composto pelo Índice de Condições Atuais e pelo Índice de Expectativas. Em janeiro, os dois componentes recuaram, com uma queda de 2,3 pontos e 0,4 ponto, respectivamente.
O primeiro componente indica que a avaliação dos empresários sobre as condições atuais da economia e das próprias empresas se tornou ainda mais negativa em relação aos seis meses anteriores. Já o segundo, aponta que as perspectivas dos industriais continuam positivas, mas isso se deve à avaliação que eles fazem das próprias empresas.
Esta é a quarta baixa consecutiva, que acumula queda de 4,3 pontos desde setembro do ano ado. De forma geral, o indicador mostra a percepção do setor quanto aos negócios e a economia.
Segundo o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, a falta de confiança faz com que os empresários tendam a adiar decisões em relação a investimentos, produção e contratações. “Isso pode se traduzir em uma melhora do próprio índice e, depois, nas decisões de negócio”, completou.
Economia brasileira
A economia brasileira cresceu 0,1% em novembro na comparação com outubro, mostram dados do IBC-Br (Índice de Atividade Econômica) divulgados nesta quinta-feira (16), pelo Banco Central. No acumulado do ano, o índice teve alta de 3,8%. O indicador é conhecido por antecipar o resultado do PIB (Produto Interno Bruto) — a soma de todos os bens e produtos finais produzidos no país.
Em outubro, o índice teve aumento de 0,14%. Na agem de agosto para setembro, o IBC-Br apontou um crescimento de 0,84% na economia brasileira.