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Investidor é acusado de sequestrar e torturar homem para obter senha da carteira de Bitcoin

Denúncia aponta que a vítima foi obrigada a fumar crack e teve a perna cortada com uma serra como forma de intimidação

Internacional|Do R7

Caso ganhou ainda mais atenção por ocorrer em meio a uma onda de crimes violentos envolvendo criptomoedas
Caso ganhou ainda mais atenção por ocorrer em meio a uma onda de crimes violentos envolvendo criptomoedas David McBee/Pexels

Um investidor de criptomoedas foi preso na última sexta-feira (24) após ser acusado de sequestrar, torturar e manter em cárcere privado um homem de 28 anos em um esquema para obter a senha de sua carteira de Bitcoin.

O caso ocorreu dentro de uma luxuosa mansão no bairro Nolita, em Manhattan, Nova York, EUA, onde a vítima teria sido mantida por quase três semanas sob ameaças e agressões físicas e psicológicas.

O acusado, John Woeltz, de 37 anos, foi detido pela polícia depois que a vítima conseguiu escapar do imóvel por volta das 9h30 da manhã e pedir ajuda a um agente de trânsito nas proximidades.

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A vítima, um cidadão italiano cujo nome não foi revelado, disse à polícia que chegou à cidade em 6 de maio e foi levado até a residência com a promessa de que poderia recuperar parte de seus Bitcoins (criptomoeda cotada em mais de US$ 110 mil - ou R$ 624 mil - por unidade). Segundo os promotores, ele teria sido forçado a enviar parte dos ativos digitais para Woeltz antes do cárcere.


Assim que entrou no imóvel, a vítima teve seus dispositivos eletrônicos e aporte confiscados. A partir daí, começou um período de tortura física e psicológica. De acordo com o depoimento prestado às autoridades, o homem foi espancado, agredido com choques elétricos, atingido com golpes de arma de fogo e ameaçado de morte.

Em um dos momentos mais graves, os sequestradores o levaram até o topo de uma escada na casa de cinco andares, suspenderam seu corpo sobre a borda e disseram que o matariam caso não revelasse a senha da carteira de Bitcoin.


A denúncia criminal aponta ainda que a vítima foi obrigada a fumar crack e teve a perna cortada com uma serra como forma de intimidação. O abuso teria se estendido por cerca de 18 dias, até que ele conseguiu fugir.

A polícia prendeu John Woeltz no local. Ele foi indiciado por agressão, sequestro, cárcere privado e posse ilegal de arma de fogo. Durante a revista no imóvel, os agentes encontraram uma serra, uma arma, fios de galinheiro, capacetes balísticos, coletes à prova de balas, óculos de visão noturna e fotografias da vítima amarrada e com uma arma apontada para a cabeça.


Além de Woeltz, outra pessoa identificada como Beatrice Folchi foi presa e acusada de sequestro e cárcere privado. Um terceiro suspeito, citado apenas como “homem não localizado”, também teria participado das agressões. As relações entre os três ainda não foram totalmente esclarecidas.

Woeltz, que segundo as autoridades é natural do Kentucky, estado dos EUA, estava alugando a casa onde o crime ocorreu por pelo menos US$ 30 mil mensais (R$ 170 mil). Ele foi apresentado à Justiça em 24 de maio, teve a prisão preventiva decretada sem direito a fiança e foi obrigado a entregar seu aporte. Uma nova audiência está marcada para o dia 28.

Dois funcionários que atuavam como mordomos na casa estavam presentes durante a ação policial e aceitaram prestar depoimento.

A vítima foi levada ao hospital Bellevue, onde permanece internada em condição estável.

Casos recorrentes

O caso ganhou ainda mais atenção por ocorrer em meio a uma onda de crimes violentos envolvendo o mercado de criptomoedas. Nos últimos meses, executivos e investidores do setor têm sido alvos de sequestros e ataques com o objetivo de extorsão.

O episódio também se soma a outros casos de cárcere privado chocantes na região de Nova York, incluindo o de uma jovem mantida em uma gaiola por sete anos em Nova Jersey e o de um homem que escapou do cativeiro ateando fogo na própria casa em Long Island.

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