Exames descartam botulismo em família internada após comer torta de frango em padaria de BH
Amostras clínicas dos pacientes e dos alimentos foram analisadas pelo Instituto Adolfo Lutz (IAL); vítimas continuam internadas
Minas Gerais|Lucas Eugênio, da RECORD MINAS

Os exames que investigavam a infecção por botulismo em três pessoas que foram internadas depois de comer em uma padaria do bairro Serrano, em Belo Horizonte, deram negativos para a presença da doença. As amostras clínicas dos pacientes e dos alimentos foram analisadas pelo Instituto Adolfo Lutz (IAL), em São Paulo. O caso segue em investigação.
As vítimas são Cleusa Maria de Jesus Dias, de 78 anos; a sobrinha dela, Fernanda de Aquino Morais, de 23; e o namorado da jovem, José Vitor, de 24. Eles estão internados em estado grave em UTIs de hospitais particulares da capital mineira.
“Outras possíveis causas de intoxicação ainda estão sendo analisadas. A SES-MG (Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais) solicitou ao IAL a realização de exames complementares para detecção de outras neurotoxinas e agentes relacionados”, informou a nota.
A secretária declarou também que, caso o Instituto Adolfo Lutz não disponha das metodologias necessárias, o Ministério da Saúde deve encaminhar as análises para outros centros de referência no país. A pasta disse que os pacientes chegaram a receber o soro antitoxina botulínico, antes da finalização do exame.
Relembre o caso
O caso começou a ser investigado após a internação das vítimas com suspeita de envenenamento. Após a denúncia, a Polícia Civil periciou o local e ouviu o dono do estabelecimento. A hipótese foi descartada após a realização de exames.
O proprietário do estabelecimento, que istra a loja há cerca de seis meses, prestou depoimento à Polícia Civil e foi liberado. Ele alegou que as vistorias da padaria estavam em dia e disse que o padeiro era novato. Segundo o empresário, o funcionário havia sido chamado para um trabalho temporário e só estava na padaria há seis dias. O comerciante disse que não conseguiu contato com o padeiro após o início da investigação.
Na época, o padeiro de 55 anos também foi ouvido pela polícia e liberado. O funcionário negou o envenenamento dos produtos durante o depoimento. Segundo o delegado Alex Sandro Cecílio Pimenta, responsável pela investigação, o homem alegou que “levou para casa outra torta quando esteve na empresa antes do ocorrido, a qual foi consumida por sua família, e nenhum deles sentiu algo diferente”. Ele inclusive teria levado um pedaço dessa torta à delegacia.
A Vigilância Sanitária de Belo Horizonte interditou a padaria no dia 23 de abril por falta de alvará sanitário e por apresentar “irregularidades no que se refere a questões de higiene e estrutura sanitária”. Ingredientes foram recolhidos para análise. A prefeitura informou, no entanto, que o alvará de localização e funcionamento do estabelecimento estava regular.
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