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Intoxicação ou envenenamento? Veja o que se sabe sobre família internada na UTI em MG

Polícia Civil colhe depoimentos e analisa exames para entender o caso; padeiro contratado recentemente nega crime

Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7

Padaria localizada no bairro Serrano foi interditada Reprodução/RECORD MINAS

Três pessoas de uma mesma família estão internadas em estado grave na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) em Minas Gerais. Elas aram mal inesperadamente e, segundo a polícia, todas teriam consumido alimentos de uma padaria no bairro Serrano, na região da Pampulha, em Belo Horizonte na última segunda-feira (21). A Polícia Civil investiga se o caso se trata de uma intoxicação alimentar ou de um possível envenenamento criminoso, enquanto a Vigilância Sanitária interditou o estabelecimento por irregularidades. O padeiro e o dono do comércio foram ouvidos e liberados. Veja a seguir tudo que se sabe sobre o caso até o momento:

Quem são as pessoas que aram mal e como começaram a ar mal?

As vítimas são uma idosa de 78 anos, sua sobrinha de 23 anos e o namorado da jovem, de 24 anos. Na segunda-feira (21), o casal visitava a tia no bairro Serrano, em BH, e comprou empadas e uma torta de frango na Padaria Natália, próxima à casa dela. Após consumirem os produtos, suspeitaram que estavam estragados e retornaram à padaria, onde receberam o estorno do valor pago.

O casal então viajou para Sete Lagoas, onde mora. Durante a madrugada desta terça-feira (22), ambos começaram a ar mal e foram internados na UTI do Hospital Municipal da cidade pela manhã. A tia, que ficou em BH, ou mal na manhã de terça-feira, sofreu uma parada cardiorrespiratória, sendo reanimada pelo filho, e também foi levada à UTI de um hospital particular da capital mineira.

O que o dono da padaria alega?

O proprietário do estabelecimento, que istra a loja há cerca de seis meses, prestou depoimento à Polícia Civil e foi liberado. Ele alegou que as vistorias da padaria estavam em dia e disse que o padeiro era novato. Segundo o empresário, o funcionário havia sido chamado para um trabalho temporária e só estava na padaria há seis dias. O comerciante disse que não conseguiu contato com o padeiro após o início da investigação.


O que alega o padeiro?

O padeiro, de 55 anos, prestou depoimento nesta quarta-feira (23) e foi liberado. Ele negou que tenha envenenado os alimentos. Segundo o delegado Alex Sandro Cecílio Pimenta, o homem alegou que “levou para casa outra torta quando esteve na empresa antes do ocorrido, a qual foi consumida por sua família, e nenhum deles sentiu algo diferente”. Ele inclusive teria levado um pedaço dessa torta à delegacia.

Questionado sobre relatos de uma colega que o ouviu exaltado ao telefone dizendo que “cometeria uma tragédia” na sexta-feira (18), ele confirmou que falava com a esposa, mas negou ter feito ameaças. “Qual o meu interesse em matar quem não me prejudicou? Eu vou matar pessoas que nem conheço?”, questionou em entrevista. O padeiro, com 40 anos de experiência, disse não ter suspeitado da qualidade dos ingredientes usados, mas levantou dúvidas sobre o armazenamento dos produtos já prontos na padaria.


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Qual o estado de saúde das vítimas?

As três vítimas seguem internadas em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e foram intubadas. O casal internado em Sete Lagoas apresentou quadro de insuficiência respiratória e está sob monitoramento. Eles receberam soro antitoxina botulínica após suspeita médica. A idosa internada em BH sofreu uma parada cardiorrespiratória antes de ser hospitalizada. De acordo com o boletim de ocorrência, os médicos suspeitam de contaminação por carbamato, organofosforato ou toxina botulínica.

O que diz a polícia sobre as investigações?

A Polícia Civil de Minas Gerais está investigando o caso e, segundo o delegado Alex Sandro Cecílio Pimenta, “não descarta nenhuma linha investigativa”. Amostras gástricas das vítimas foram coletadas e enviadas para análise na Fundação Ezequiel Dias (Funed) para identificar a presença de toxina botulínica ou organofosforados. A investigação prossegue a cargo da delegacia de área para apurar os fatos.


Paralelamente, a Vigilância Sanitária de BH interditou a padaria na manhã desta quarta-feira (23) por falta de alvará sanitário e por apresentar “irregularidades no que se refere a questões de higiene e estrutura sanitária”. Ingredientes foram recolhidos para análise. A prefeitura informou, no entanto, que o alvará de localização e funcionamento do estabelecimento estava regular.

Veja a entrevista do padeiro:

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