IOF: 'Se você não vai comprar dólar para viajar, não muda nada na sua vida', explica analista
Segundo especialista, alta do imposto afeta principalmente empresas e tem pouco impacto para pessoa física
Conexão Record News|Do R7
As mudanças no IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) não impactam pessoas físicas, exceto as que pretendem comprar moeda estrangeira, afirma Carla Beni, economista e conselheira do Corecon (Conselho Regional de Economia) de São Paulo, em entrevista ao Conexão Record News desta sexta-feira (23). O mercado reagiu mal às mudanças, causando o recuo em parte do decreto, mantendo a alíquota zero para a aplicação de investimentos de fundos nacionais no exterior.
Carla explica o impacto das mudanças para empresas. “Se você tem Simples [Nacional] e faz um aporte muito grande, você também vai ter IOF. [...] Se você fizer mais do que R$ 50 mil por mês de aporte — repara que você tem sempre uns marcadores para uma alta renda. Quantas pessoas fazem R$ 50 mil por mês de aporte no plano de previdência? — aí sim você teve uma alíquota maior”, diz.
Segundo a economista, a medida do governo tem como objetivo a adequação orçamentária, com ajustes dentro do arcabouço fiscal. “Ao longo do ano, você vai fazendo ajustes, dizendo se você precisa aumentar imposto, onde e como”, completa.
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